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Tudo me é
uma dança em que procuro
A posição
ideal,
Seguindo o fio dum
sonhar obscuro
Onde invento o real.
À minha volta sinto
naufragar
Tantos gestos perdidos
Mas a alma, dispersa nos
sentidos,
Sobe os degraus do ar...
(Sophia de Mello Breyner)
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