quarta-feira, 22 de junho de 2011

In Libris

(in Google)

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

(Vinicius de Moraes)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A Febre das Sabrinas #1

Que também é a febre das Melissas.
Com laçinhos, fitinhas, brancas, pretas, venham elas que não somos esquisitas!
Este tipo de calçado é uma excelente alternativa a quem quer estar confortável, não gosta de usar ténis mas também não quer usar sandálias.
Na imagem estão sabrinas da Melissa, Zara e Killah (só as azuis com pérolas brancas é que são de uma marca desconhecida).
Quem não gosta deste tipo de calçado?

quarta-feira, 15 de junho de 2011

In Libris


Rasga esses versos que eu te fiz, amor!
Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento,
Que a cinza os cubra, que os arraste o vento,
Que a tempestade os leve aonde for!

Rasga-os na mente, se os souberes de cor,
Que volte ao nada o nada de um momento!
Julguei-me grande pelo sentimento,
E pelo orgulho ainda sou maior!...

Tanto verso já disse o que eu sonhei!
Tantos penaram já o que eu penei!
Asas que passam, todo o mundo as sente...

Rasgas os meus versos... Pobre endoidecida!
Como se um grande amor cá nesta vida
Não fosse o mesmo amor de toda a gente!...
(Florbela Espanca)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

In Libris

http://19miracles.tumblr.com/archive

De que me rio eu?... Eu rio horas e horas
só para me esquecer, para me não sentir.
Eu rio a olhar o mar, as noites e as auroras;
passo a vida febril inquietantemente a rir.

Eu rio porque tenho medo, um terror vago
de me sentir a sós e de me interrogar;
rio pra não ouvir a voz do mar pressago
nem a das coisas mudas a chorar.

Rio pra não ouvir a voz que grita dentro de mim
o mistério de tudo o que me cerca
e a dor de não saber porque vivo assim.

(António Patricio)