quarta-feira, 19 de outubro de 2011

In Libris

Visto do olhar de quem escreveu. São os poetas, minha gente, que em silêncio procuram respostas. As respostas do leitor, sim, esse amigo de ocasião. Deambula pelas folhas resistentes do livro sempre que deseja, mas rapidamente o deixa em qualquer estante perdida no silêncio e na saudade que habita as paredes cálidas daquela casa. A melancolia vai crescendo, qual gerbera no seu apogeu, e, aí, esse estado de alma torna-se protagonista da história do leitor. Aquela história que não vem no livro, aquele poema que não consegue passar do seu estado embrionário.
Livro pousado a um canto, o leitor concentra-se na menina que passa do outro lado da rua, tão inocente e pura como a magnólia que floresce dentro de sua casa. Desencantado com os tropeções que tem dado nos versos que o livro lhe impinge, é hora de ir espraiar e mergulhar as palavras na água tépida daquele mar de emoções que o livro lhe proporciona.

(Cati)


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